O que liga a linguística e a programação?

Escrito por 31.1.18
Não sei como é em Portugal, mas na Polónia quando alguém diz que é um humanista, a primeira ideia que chega a cabeça dos ouvintes é: ele só consegue ler livros, talvez escrever algo, e não sabe nada de matemática nem qualquer outra ciência lógica ou biológica. No mesmo momento desaparece totalmente a ideia bonita de humanismo que mostra o homem como a criatura pensada – que pode ampliar os seus horizontes em varias áreas, para a qual não existe um conceito de limite ou de impossibilidade. Portanto não estive muito surpreendida ao encontrar um cepticismo grande enquanto disse: Quero mudar a minha profissão! O meu objetivo será aprender programação!

De vez em quando vale a pena começar a fazer algo novo. Para refrescar a mente e para não parar de descobrir o mundo das varias maneiras. Uma transformação da área linguística para a tecnologia da informação não é nenhum passo muito estranho. Apesar das aparências, uma não fica tão longe de outra. Sinto que só alargaria as competenções novas. 


O testador de software é como o revisor

Passei anos a rever vários tipos de textos – os textos mais ou menos complexos, escritos melhor ou pior. Os textos sobre ornitologia, medicina, arquitetura, linguística... e muito outros. Mas o meu trabalho não significava apenas procurar os erros. Significava estar atenta por todo o tempo, saber onde e o que procurar e conseguir fazer isso tudo tão rápido como bem.

Procurar os erros em software é uma coisa semelhante: deve-se estar atento por todo o tempo, saber onde e o que procurar e conseguir fazer isso tudo tão rápido como bem. 

São só matérias diferentes nos quais se trabalha: a primeira, o texto, é estática e a segunda, o software, é dinâmica. Além disso, há mais métodos de testar programas, mais pode acontecer, mais é imprevisível.   

O programador é como o linguista

Porque é que nós utilizamos qualquer língua? Qual é a maior razão para falar com outras pessoas? A resposta é: fazemos isso tudo para se comunicar. A única diferença é que uma língua natural serve para se comunicar entre homens e que uma língua de programação – para se comunicar com computadores. 

Ambos tipos das línguas têm a sua sintaxe, a sua lógica, terminologia e regras que as mantêm em ordem. Portanto quando se gosta deste tipo de “brincadeira”, fazê-la pode dar muito prazer, não importa de quem a faz: o linguista ou o programador. 

E vocês, veem semelhanças ou diferenças entre línguas naturais e línguas de programação? Eu vejo muitas e vou escrever sobre elas na próxima vez.


19º postal - O pão fermentado

Escrito por 21.1.18

Ucrânia 2011

Ir ao leste da Europa e não provar o kvas (квас) é como se nunca fosse à Ukrânia, Belarus ou Russia. Isto é uma bebida tradicional cujo o melhor sabor vem de – também tradicional – barril. O barril pode-se encontrar em cada esquina, até numa pequena cidade qualquer. 

As primeiras menções de kvas vêm já de século X do Principado de Kiev. Além disso, escreve-se sobre ele em obras famosas como Os Irmãos Karamazov, Anna Karenina ou Guerra e Paz – é uma historia bastante longa e importante para as terras de leste.

O kvas é produzido num processo da fermentação de pão. Para o preparar basta água, pão, um pouco de açúcar ou frutas e levedura. É perfeito em dias calores quando se sente sede porque sacia-o muito bem. Nem todos gostam desta bebida, mas vale a pena prová-la pelo menos por curiosidade. É como a coca-cola, mas menos doce e menos artificial, é mais suave.

18º postal – Comer caracóis não é nada fácil

Escrito por 5.1.18

Portugal 2016

Foi a primeira vez quando comi caracóis. 

Ao início eles olharam para mim com um sofrimento grande pintado nos seus rostos. Antes até não suspeitava que eles podem ter a qualquer expressão facial. Mas tiveram. A tristeza avassaladora estava a distorcer os seus lábios... Pela minha cabeça passou uma grande vontade de fugir. Escapar pareceu a única solução desta situação.

Mas fugir sem provar caracóis? Só porque eles estão a olhar para mim? Fechei os olhos, tentei imaginar o mar com todas as paisagens bonitas deste Verão em Portugal. 

O sabor estava dominado por sal. E por nada mais, porque o corpo dum único caracól é tão pequeninho que é realmente difícil distingui-lo enquanto se come. Apesar disso, a usar um palito, muito corajosamente e nem menos persistentemente estava a remover moluscos de cascas. As pessoas chegaram ao restaurante e sairam dele, devorando os pratos de caracóis em 3 minutos. Eu acabei comer depois de 30 minutos.

Na verdede, esta foi uma refeição muito emocionante.

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